Um rapaz passou vendendo sorvete e mais uma vez Justin foi comprar para nós. Ainda tinha algumas moedas no bolso da bermuda. Seu pai dera carta branca para gastar o dinheiro. Estava muito quente e nós dois precisamos baixar um pouco a temperatura.
Justin, ao brincar com o sorvete, sujou a ponta do meu nariz e depois em um gesto carinhoso o beijou para tirar o sorvete. Para me vingar da sua travessura, peguei o meu com toda a vontade e lambuzei toda a sua boca. Ele me olhou com um jeito travesso e sem o menor pudor me disse:
—Sua vez de me limpar.
Não preciso nem dizer que fiquei morrendo de vergonha. Sabia a que ele se referia, mas me fingi de inocente. Hesitei por alguns instantes antes, abaixei a cabeça e refleti sobre aquilo, não importava o gesto. Era o meu “namorado”. A palavra soou estranha naquele momento. Aí a ficha caiu. Acabei pondo a timidez de lado e levei os lábios até o dele. Ao invés de simplesmente tocá-lo com selinho, passei a língua em seu contorno para limpar o sorvete. Ele aproveitou a deixa, segurou os meus cabelos e invadiu a minha boca com sua língua. E foi... foi... digamos que Glorioso! As minhas borboletinhas estavam dançando de felicidade, no mesmo compasso do serpentear de sua língua. No início reagi de forma tímida. Pouco a pouco fui me soltando e correspondi o beijo com ardor. Aquele foi o nosso primeiro e glorioso beijo. Sentia meu corpo leve, flutuando em um estado completamente encantado com o toque, o gosto do sorvete, o prazer dos movimentos, a alvoroço das minhas borboletas... Estava completamente fora de mim. Só existia Justin e o seu maravilhoso beijo. Nunca me esqueceria daquele momento. Ainda posso sentir essa sensação de êxtase me invadir agora.
Depois que interrompemos o beijo, Justin ficou me olhando de forma encantada. Seus olhos negros brilhavam tanto. O sorriso mais lindo surgiu naqueles lábios carnudos, deixando evidente a covinha no queixo. Segurou a minha mão e me puxou para a água. Caímos juntos, derrubados por uma onda, rolamos na areia nos braços um do outro enquanto trocávamos mais beijos... Ah que coisa deliciosa. Se antes daquele momento soubesse qual a sensação de beijar, já teria perdido a timidez há mais tempo. Seria impossível conter o ímpeto de me perder naquele delicioso manancial de sensações. Assim nós beijamos e beijamos. Não fizemos nada além de beijar toda aquela tarde. É claro que ao ir ao encontro dos pais dele para comer, disfarçamos um pouco. Sabíamos, no entanto, que eles provavelmente presenciaram a cena, e sentia vergonha.
1 comentários:
Resumindo a cena: Fofo! Eles são tão fofos juntos, lindo amiga, parabéns me interessei bastante pelo seu livro. O lançamento é em Julho certo? Com certeza ja me sinto lendo ele...rsrsrrssrs
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