domingo, 10 de junho de 2012

Entrevistas publicada no blog Mix Literário

Amores, segue a entrevista publicada no Mix literário na campanha de Lançamento de "Para Sempre". A minha amiga Kari fez um bate papo bem legal comigo. E no final da Entrevista tem um super sorteio com dois Kits do Livro (2 Livros, 2 blocos de anotações, fotos, marcadores e 2 canetas personalizadas)




Bom dia leitores do Mix. 
Hoje, com grande orgulho, trago uma entrevista com a autora Glaucia Santos, que também é nossa colaboradora aqui no Mix. 
A Glaucia está lançando seu primeiro livro pela Editora Baraúna; seu livro chama-se "Para Sempre" e é uma estória linda que tenho certeza muitos leitores irão amar!

Vejam abaixo a sinopse e capa do livro! E que capa hein!

 

Elizabeth e Justin se conheceram quando crianças. Foram melhores amigos e juntos descobriram o significado do amor e da paixão. Após um afastamento de dez anos, eles se reencontram e podem então viver esses sentimentos tão irresistíveis, lutando contra dificuldades, dramas e conflitos familiares. Mas a vida não é feita apenas de lutas; e com muita fé eles descobrem que o verdadeiro amor é capaz de transpor todos os obstáculos, valorizando cada pequeno gesto e momento, e que tudo vale a pena quando se tem a capacidade de amar e perdoar. Uma estória comovente que vai arrebatar o seu coração!



Abaixo uma entrevista com a Glaucia, para que possam conhecê-la melhor:
   
Mix - De onde surgiu a ideia de escrever "Para Sempre"?

Glaucia: Minha cabeça sempre vive procurando situações para criar estórias. Faço isso o tempo todo, porque posto uma depois da outra. Anoto as ideias e deixo na geladeira até surgir um tempo para escrever. Para sempre escrevi há uns dois anos e pouquinho, quando buscava uma nova inspiração. Estava no ônibus, voltando do trabalho para casa, enquanto ouvia a música “Por enquanto” interpretada pela Cassia Eller. E da música fui imaginando as situações. Acho que demorei uns dois dias para concluir tudo na minha cabeça. Mas para escrever demorou muito tempo.

Eu queria muito publicar uma estória que tenho, chamada Opposing Souls. Ela é uma fanfic original, mas que usa nomes de personagens de um livro. Tive muitas dificuldades, portas fechadas, até que um dia o rapaz de uma editora, muito conhecida, trocou alguns e-mails comigo e disse que eu nunca publicaria. Para o mercado não havia espaço para fanfics, mesmo dizendo que era um original. Fiquei muito aborrecida e magoada com ele, pois nem se deu ao trabalho de ler o meu manuscrito. E depois parei um tempo de escrever. Acho que fiquei mais de um mês sem criar nada. Minha beta reader, Heri, sempre me mandava mensagens de apoio e me estimulava. Foi então que decidi começar pequeno. Era difícil encontrar uma editora para bancar o projeto e por ser uma estória longa, com quase 1000 paginas, o orçamento estava além das minhas possibilidades. Então resolvi começar com algo pequeno e fui buscar as inspirações antigas.  Foi assim que nasceu Para sempre. Só que tive que refazer toda a trama na minha cabeça e por uma grata surpresa saiu melhor do que eu imaginava.


Mix - Durante o processo de escrita às ideias sempre fluíram facilmente ou encontrou alguma dificuldade para compor a estória?
Glaucia: A estória já estava toda construída em minha cabeça, mas quando comecei a fazer os capítulos, novas ideias surgiram e saiu bastante diferente da ideia original. Ficou algo mais adulta, não o romance adolescente que havia pensado no início.

A dificuldade que tive foi na narrativa. Normalmente escrevo usando a primeira pessoa no passado. Todas as minhas estórias anteriores foram compostas desse jeito. Mas quando fiz Para Sempre, tive algum surto no processo criativo e fiz a estória em dois tempos verbais.
A protagonista, Lizzy, começa narrativa no presente, falando da vida que tiveram, e intercala com tempo passado. Essa mudança de tempo verbal em uma estória é muito difícil. Às vezes eu começava a escrever no presente, ia para o passado e quando tinha que mudar o tempo, escrevia sequências erradas. Quando fazia a revisão tinha que reescrever boa parte do texto. E aconteceu de algumas vezes a minha beta reader detectar essas falhas de construção, e pedir alteração.
Quando a revisora enviou a primeira prova, ela praticamente me fez reescrever todas as mudanças nas passagens de tempo. Para quem leu a versão postada no blog, verá que existem muitas distinções por conta disso. Em um dos e-mails que recebi da editora e da revisora, ela deixava claro essa falha nas trocas de tempo e como esse recurso é difícil e custoso para o autor. Acho que foi uma ótima lição, mas valeu a pena apesar do esforço.

Mix - O que o leitor pode esperar de "Para Sempre"?

Glaucia: Para sempre é uma estória cheia de vertentes. Não é somente um romance meloso, mas também tem seus dramas, um pouco de comédia e sensualidade. O leitor pode acompanhar quase setenta anos da vida do casal. Ele pode sentir o amor, as frustrações, dificuldades, alegrias e prazer em viver em família. Acho que a coisa mais gostosa do livro é aquele que nos mostra a família e os frutos que eles colheram. Apesar de tudo o que passaram, eles tiveram o seu “Felizes para sempre” e o resultado disso são os filhos e os netos. O que posso dizer é que o leitor deve esperar um livro completo, que o fará refletir sobre amor, fé, perseverança, família e perdão. Uma das coisas que eu tentei fazer de forma enfática foi à coisa da fé e do perdão. Acho que não devemos nunca desistir dos nossos sonhos e que devemos aprender a perdoar e amar as pessoas em vida. Não adianta arrependimentos depois que a pessoa já se foi.

Mix - Conte-nos um pouco sobre os personagens?

Glaucia: Elizabeth, Lizzy, é uma pessoa que tem um sério complexo de inferioridade. No decorrer do livro o leitor percebe a sua força, mas também que tela possui uma tendência a se fazer de vítima, por causa das condições que ela viveu e dos pais que teve. Justin a ajuda muito no decorrer da vida, mas mesmo em idade mais avançada o leitor percebe que ainda há essa tendência ao drama. Apesar disso é corajosa, tem muita fé no coração, um amor enorme que a torna capaz de tudo. Chega a criar um filho que não é seu, mas amando tanto, ou mais, que os seus próprios filhos. No decorrer do livro o leitor percebe a evolução da personagem e sua força.

Justin nasceu em uma família estruturada. Seus pais sempre foram muito corretos, religiosos e levaram tudo com mãos de ferro. O pai é o herói de Justin ,mas o amor por Lizzy e suas decisões o faz romper com isso. Por ter tido uma doença séria quando pequeno, sempre foi muito mimado e protegido. O seu futuro foi minuciosamente traçado pelo pai, mas Lizzy mostra a ele que existem outras possibilidades. Ela é quem o incentiva a investir nos sonhos e correr atrás da carreira de músico. Em Justin podemos ver que o ser humano tem suas dificuldades e está passível de cometer erros. Ele erra, mas tenta se corrigir e fazer o melhor pela família e por suas convicções. Acho que sua principal característica é o amor. Ao longo da vida se torna um excelente pai e um marido amantíssimo que sempre esteve apaixonado pela esposa.

Outra personagem marcante na estória é Jony, o irmão mais novo de Justin. A estória dele é comovente e através dela aprendemos o significado do perdão. Jony nasceu para salvar o irmão com Leucemia e nunca recebeu um gesto de amor do pai. Apesar disso sempre foi alegre, otimista e bondoso. A ligação entre Jony, Justin e Lizzy é muito forte e nos ensina muito no decorrer da estória. Além disso, é a personagem mais engraçada da trama. As cenas dele são aquelas que arrancam risadas do leitor. Eu realmente amei escrever essa personagem.

No decorrer do livro vemos as características dos pais de Justin, Jonathan e Vanessa, e dos filhos deles, James, Jimmy, Alice e Amanda. Todos têm personalidade forte e marcante. Mas acho que a mais intrigante de todas é a de James. Durante todo o livro é possível ver os conflitos dele e de Lizzy por conta do estado de saúde de Justin. E depois o leitor se emociona coma  capacidade deles de perdoar. Eu tentei mostrar um pouquinho de cada um, deixando claro para os leitores que todos cometem erro, acabam causando mágoas, contudo quando  amamos uma pessoa não devemos cultivar magoa. O perdão é fundamental.

Mix - Qual a maior dificuldade que encontrou em se tornar autor nacional?
Glaucia: Eu não tinha noção de como era difícil ser autor nesses pais. Uma das piores coisas que aconteceu nesse processo  todo foi ser ignorada. Acho que pior do que uma mentira educada é você ser ignorada. Uma das editoras me respondeu dizendo que enviaria para o editor chefe. Nunca tive resposta depois disso, é claro. Mas ao menos ela não em ignorou. A maioria nem se quer enviou um e-mail confirmando o recebimento do material. Outra me enviou resposta informando que eles não publicavam fanfics, mesmo o autor afirmando que se tratava de uma estória com tema original e que só usava nome das personagens. Foi uma resposta negativa, é claro. Contudo me ajudou a ver as coisas por outro ângulo e a partir daí pude fazer uma estória usando nomes, também, originais.

Além da dificuldade de encontrar uma editora, os orçamentos que recebi das que responderam não foram nada plausíveis. Uma delas chegou a me cobrar 15 mil reais, sem nenhum tipo de ganho. Eu enviaria o meu material, revisaria com eles e no final só ganharia 10% em cada livro, mas depois de 2000 mil exemplares vendidos. Quando questionei sobre o meu lucro, a resposta que tive foi: “Ser autor é como ser jogador de futebol. Você tem que crer; perseverar, lutar, suar a camisa que o resultado vem com o esforço.” Ou seja, eu daria a eles todo o meu material, pagaria quinze mil reais e não ganharia nada além de dor de cabeça para divulgar e esperar atingir mais de 2000 exemplares vendidos para ganhar míseros 10%

A conclusão que tirei foi que as editoras gastam muito comprando direitos autorais de livros estrangeiros, quando no país existe muita gente boa. Eles não investem no produto nacional e quando se dignam a vender, o autor é quem banca tudo e não recebe lucro pelo seu trabalho. Foi uma grande decepção para mim essa constatação.

Mix - Qual a sensação de estar publicando seu primeiro livro?

Glaucia: É como ter um filho. Imagina o que é esperar meses até o bebê desenvolver e depois nascer? Eu passei uns três meses escrevendo, e postando no meu blog Para Sempre, depois tive que correr atrás de um orçamento que estivesse nas minhas possibilidades. Ai veio à parte de contrato, revisões, projeto de capa, preparação para divulgação e lançamento. Os meses vão passando e a ansiedade só aumenta. Não vejo a hora de ter meu bebê em meus braços. Acho que vou chorar quando o livro de prova chegar a minha casa.


Mix - Conte-nos um pouco sobre o processo de publicação "Para Sempre"? Foi difícil? Teve incentivos de amigos e parentes?
Glaucia: Foi muito difícil! Muito mesmo! É difícil descrever como sofri, quantas noites passei em claro e de como chorei. Antes de tudo, veio à incerteza. Ficava pensando: Será que os leitores vão gostar? Será que receberei muitas criticas negativas? Blábláblá. Essa coisa de “será?” acabou comigo. Ainda hoje ainda me sinto insegura com tudo.

Incentivos só de duas pessoas, minha beta reader Heri e minha amiga Karini. Quando falei com minha mãe que publicaria um livro, a resposta que ouvi foi: Vai vender para quem? Você não conhece muita gente? Vai gastar dinheiro e ninguém vai comprar. Nem seus parentes leem livros. A única nerd da família é você. Blablabá. Aquilo acabou comigo. Sei que as pessoas do meu convívio não têm hábito de leitura. Mesmo assim fiquei arrasada. A situação já não era boa, porque não conseguia encontrar um orçamento que pudesse pagar. Ainda tinha isso. Meu marido, que me via resmungando o tempo inteiro e super angustiada, resolveu investir nisso e me ajudou com os custos da publicação. É o meu presente do ano. kkkk

Resolvi publicar pela Baraúna, porque além do orçamento me favorecer, o Mauricio Paraguassu me passou segurança. Trocamos diversos e-mails e ele respondeu todos os meus questionamentos. Sabia que nem tudo seriam flores, mas resolvi arriscar por essa editora. Se o nosso relacionamento continua como hoje, ano que vem publicarei mais dois livros por ela.


Mix - Tem algum projeto em andamento? Pretende publicar outros livros?
Glaucia: Antes de Para sempre já tinha 13 publicações concluídas. Pretendo publicar todas, mas darei preferência a Vidas Opostas, baseada em Opposing Souls. Essa foi a minha estória mais popular. Cheguei a quase 2000 comentários no termino da estória e depois que terminei a publicação, os leitores continuaram comentando. No Nyha recebi 75 recomendações positivas de leitores. E o alcance da estória foi mundial. Tenho leitores em diversos países e fora do Brasil, às portuguesas foram as mais receptivas.

Mix - Glaucia você está preparada para ver seu "filhote" sendo dissecado pelos olhos críticos dos blogueiros? Afinal o autor sempre acredita que escreveu um livro fantástico, mas algumas vezes ele se depara com opiniões contrárias. Então gostaria de saber quais as expectativas que você tem sobre as críticas?
Glaucia: Acredito que receberei algumas criticas negativas. Todos os autores estão sujeitos a isso. Mas pela recepção que tive das minhas leitoras, receberei muitas criticas boa, também. O publico é muito abrangente, porque a estória tem fase adulta e adolescente. Ela tem algo de encantador que cativa os leitores. Enquanto revisava, pensei: Se não fosse minha, favoritaria essa estória. É muito doce e encantadora.

Mix - Qual autor nacional você admira?
Glaucia: Posso citar alguns autores que li recentemente e que me encantaram: Maribell Azevedo, Carina Rissi, Amanda Vieria, Hermes Lourenço. Para mim foram excelentes surpresa e me mostraram como esse mercado nacional é bem, e precisa de investimentos.

Mix - Sua citação favorita?

Glaucia: "Um livro é o melhor meio de transporte: leva você a lugares  distantes, não polui, é pontual, barato e não causa enjoo. O Livro Selvagem - Juan Villoro"
Mix - Fale um pouco sobre quem é Glaucia Santos?
Glaucia: Existem duas pessoas em mim. Para quem me conhece sabe que Glaucia é um pseudônimo. A primeira é aquela que convive com parentes, amigos, gatos e cachorros. A estressada por conta do trabalho, agitada, nervosa, ansiosa, chocólatra e um pouco desesperada. Mas ao longo desses anos eu descobri outra pessoa: A Glaucia escritora! Essa pessoa é mais calma, ponderada, analítica, sensível, apaixonada e que se envolve com que faz.
Qual a verdadeira Glaucia? Acho que as personalidades se fundiram um pouco, porque a Glaucia escritora me ajudou na minha vida real. Eu me tornei mais tranquila, menos ansiosa e mais feliz. Escrever me faz feliz – é um bálsamo na minha vida-, os comentários dos leitores me fazem feliz. Isso reflete na Gleice. Uns me conhecem como Gleice e outros como Glaucia. Hoje é difícil de separar uma de outra, porque as personalidades se fundiram. O que posso dizer é que hoje sou mais feliz e realizada. Acho que depois de anos procurando algo que me completasse, descobri minha felicidade através das coisas que escrevo. É gratificante poder passar algum tipo de mensagem boa para as leitoras, fazê-las ir e chorar. Acho que é ai que Glaucia e Gleice se conectam, porque as duas se comprazem com a felicidade de suas leitoras.
Vamos para um bate volta, diga-nos o que vem a sua cabeça primeiro! Uma única palavra:

Mix - Exemplo?
Glaucia: Família
Mix - Personalidade?
Glaucia: Engraçada
Mix - Sentimento?
Glaucia: Amor
Mix - Sonho?
Glaucia: Escrever
Mix - Amizade?
Glaucia: Importante

Mix - Diversão?
Glaucia: Ler

Essa é a nossa querida! Adoramos a forma como colocou sua opinião e somos privilegiadas por ter sua amizade! Te amodoro! 


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